Atualizado em 15 de julho de 2023
No meio da Baía de Guanabara, no centro do Rio de Janeiro, um pequeno palácio chama a atenção. A Ilha Fiscal ainda é um tanto desconhecida para muitos moradores da cidade, mas com a sua reabertura esse cenário está começando a mudar.
Mas o que muitos não sabem é que a Ilha Fiscal não é só um lugar com arquitetura bonita. Ela faz parte da História do Brasil e é um desperdício enorme passear pela região e não fazer uma visita.
História da Ilha Fiscal no Rio de Janeiro
O palacete da Ilha Fiscal foi construído no século 19 por D. Pedro II. Com estilo arquitetônico gótico inspirado nas construções medievais da região da Provence, na França, o pequeno castelo é tão bonito que poderia ser facilmente a moradia de alguém importante. No entanto, a função da Ilha Fiscal está mais ligada literalmente seu nome do que à beleza do lugar.
Durante a fase monárquica no Brasil, a ilha era um posto aduaneiro que controlava todas as mercadorias que entravam e saíam de navio do Rio de Janeiro. Mas além do cargo tributário, a Ilha Fiscal ficou conhecida na história do país como a sede do último baile do Império.
O baile aconteceu no dia 9 de novembro de 1889, poucos dias antes da Proclamação da República. Mas ao contrário do que muitos acreditam, não foi uma festa para enaltecer a monarquia.
O último baile do Império foi programado pelo Visconde de Ouro Preto como uma forma de homenagem à oficialidade da marinha do Chile que estava nas terras brasileiras à bordo no navio chileno Almirante Cochrane.
Hoje em dia a Ilha Fiscal faz parte do Centro Cultural da Marinha e abriga exposições.
Como chegar e onde comprar o ingresso
O Centro Cultural da Marinha fica na Praça XV, no Boulevard Olímpico, no centro do Rio de Janeiro. A região é muito bem servida de ônibus, metrô e VLT, mas também há estacionamentos próximos para quem vai de carro.
O ingresso para a Ilha Fiscal custa R$50,00 e você pode comprá-lo presencialmente na bilheteria ou pela internet, através do site Ingresso com Desconto. Se você pretende comprar na bilheteria se programe para chegar cedo, pois as filas são grandes.
Atualmente, o passeio acontece de quarta a domingo, às 12:45, 14:15 e 15:30. A visita é guiada e dura cerca de 1h45min.
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Como é a visita à Ilha Fiscal
A visita à Ilha Fiscal começa antes de chegar nela de fato. A não ser que as condições climáticas sejam ruins, para chegar e sair da ilha você deverá pegar uma escuna. Mas, não se anime muito, a navegação é bonita, mas dura apenas uns 10 minutos. Se estiver chovendo eles fazem esse caminho com um micro-ônibus.
Ao chegar na ilha você será recebido por um guia que levará o grupo para conhecer todas as dependências do palacete enquanto conta as histórias do local.
Como não há qualquer tipo de lanchonete ou venda de alimentos por lá, recomendamos fortemente que você leve uma água, principalmente em dias quentes.
Interior do palácio da Ilha Fiscal
A arquitetura da Ilha Fiscal impressiona, com vitrais com símbolos heráldicos, abóbadas e arcos ogivais e um relógio alemão no alto da torre mais alta do palacete.
Duas alas laterais compõem o primeiro andar, mas a visita só passa por uma delas. Lá dentro é possível ver um quadro retratando o último baile do império, itens usados na época e até mesmo uma demonstração do convite da festa. Além disso, há painéis e uma televisão contando um pouco mais sobre o lugar.
Uma escada caracol de 38 andares te leva até o segundo andar, onde tem a Câmara do Almirante, com piso em madeira brasileira, móveis da época e um terraço com vista para a Baía de Guanabara.
Aliás, você verá alguns dos cenários mais incríveis do Rio de Janeiro nos arredores da Ilha Fiscal. De cara para o pequeno palácio há nada mais, nada menos que o Cristo Redentor, o Pão de Açúcar e o aeroporto Santos Dumont. Inclusive, o trânsito de aviões é intenso por ali, mas isso só deixa o visual ainda mais interessante.
Já a parte de trás da ilha tem vista para a Ponte Rio x Niterói e para o pôr do sol durante o inverno.
Mas a grande novidade da reabertura da Ilha Fiscal fica por conta da Galeota Imperial de D. João VI que está exposta na parte externa. A embarcação a remo com camarim na popa é tombada como Patrimônio Cultural e durante anos transportou os monarcas brasileiros e outras figuras ilustres pela Baía de Guanabara. Infelizmente não conseguimos fazer boas fotos pois ela está protegida por um vidro e fazia muito reflexo.
O Espaço Cultural da Marinha
O ingresso para a Ilha Fiscal também dá direito a visitar a exposição no Espaço Cultural da Marinha.
Você pode conhecer o submarino museu Riachuelo, o helicóptero Sea King, o contratorpedeiro museu Bauru, a Nau dos Descobrimentos, além de outros equipamentos e embarcações militares.
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